segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O FAROL CIA/AMAL



Este órgão do bloco central, que continua a funcionar nas frequências laranja e rosa e ao sabor de gostos e amuos, as medidas estratégicas mais importantes que produziu com impacto no futuro do Algarve, foram a aprovação continuada de grandes superfícies, projectos PIN e outros empreendimentos urbanísticos.


Alvo de eleições, mudou os seus vice-presidentes, entrando Seruca Emídio e António Eusébio, respectivamente presidentes dos Municípios de Loulé e São Brás de Alportel, e manteve Macário Correia como presidente.

A sua primeira reunião, definiu também as linhas de actuação reivindicativa junto do poder central, colocando em cima da mesa as carunchosas exigências do Hospital Central e da requalificação da EN 125, mais a novidade desassombrada, logo do TGV, de vir ao sul e fazer a ligação aos distantes troços de Espanha.

Quanto às duas primeiras questões, continuamos à mercê dos desígnios de Lisboa e venham quando vierem, os políticos algarvios já provaram que são bem vindas e continuarão a não fazer ondas ou pressões.

Quanto à linha do TGV, não vamos pôr o assunto ao nível do disparate mas, convenhamos que é uma projecção para os próximos 30 ou 50 anos, estranhando, contudo, não ouvir uma palavra sobre a substituição do velho comboio longitudinal por um metro ligeiro ou outra solução adequada, como factor indispensável de desenvolvimento para as próximas décadas.

Esta ambição não colide com o TGV ou outra solução e deve ser assumida por esta entidade, como projecto de esforço intermunicipal, em estreita ligação com o poder e dinheiros centrais.

A CIA/AMAL também surpreende tudo e todos , ao não publicitar qualquer posição sobre os dois temas da actualidade algarvia, a profunda crise e o seu cortejo de consequências e os graves problemas de segurança.

Este silêncio, que não será por distracção, permite-nos fazer um conjunto de leituras, a mais sensível das quais é, qual o grau de responsabilidade dos Municípios neste estado de coisas e o porquê de não haver um plano concertado de intervenção e um apelo ao Governo para que olhe para o Algarve e para o volume dos seus problemas específicos.

A CIA/AMAL, na sua qualidade supra municipal e com a obrigação de dominar e intervir sobre as situações, deveria assumir sem tibiezas o seu papel dirigente e de porta voz das necessidades da região.

O contrário faz-nos pensar!


FORUM ALBUFEIRA

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