quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"ENQUANTO AQUI ESTIVER É ASSIM!"



Esta é uma das frases imagem de marca, do actual presidente da Câmara de Albufeira.

Sempre que abordado, de forma organizada ou informal, sobre questões de diversa ordem da vida do concelho e se o assunto colide com os seus interesses e actuações, salta como defesa, esta já famosa frase.

E, afinal, precisa de se fechar em concha porquê? A primeira de várias razões, é o medo de confrontar as suas ideias e opções; a segunda, a deficiente formação democrática proveniente da arrogância da maioria absoluta, não porque tivesse esmagado a oposição pelas ideias, mas porque esta se condenou a si própria pela má gestão e entrou em longo processo de dilaceração; a terceira, pela incapacidade de perceber o que se passa à volta e aceitar a evidencia dos factores de mudança e as suas implicações.

A opção pela teimosia e a preferência pelo autoritarismo, é mais forte que a capacidade de ouvir e responder aos desafios da diferença.

Albufeira não padece de um esgotamento de projecto, porque nunca teve projecto. A aventura dos últimos oito anos, recheada de medidas avulso, como sempre o afirmámos, visaram servir os interesses do betão e da distribuição, mesmo que isso implicasse o estrangulamento a prazo da cidade e do concelho.

O conjunto de obras realizadas, nunca obedeceram a um objectivo de modelo de desenvolvimento assumido. Nunca o PSD disse que tipo de concelho estava a desenvolver ou justificasse, "vamos por aqui" para um desígnio concreto.

Os adeptos do "paulatinamente", nunca perceberam a disfunção das medidas avulso. A dupla que dirige o concelho, Desidério Silva/Carlos Silva e Sousa, revelaram-se adeptos das políticas avulso.

Quinhentos milhões de euros depois, ainda vai nascer a primeira entrada digna da cidade, a especulação da construção privada abafou a construção social, a importância dos espaços públicos foi desprezada, a linha de costa destruída e massificada, os transportes públicos insuficientes, os estacionamentos desnecessários, projecta-se um Museu do Barrocal e um Palácio de Congressos
mas um projecto cultural diferenciador e reconhecido não existe, tal como no caso de Paderne, faltam os alojamentos e outras estruturas que resultem no total aproveitamento do investimento para a freguesia. E quando se faz um Palácio, supõe-se que estão lançados com antecedência, os fundamentos para a sua eficácia e sustentação.

O que se revela inapagável na realidade albufeirense, é que o seu crescimento físico desordenado e o desalinhamento dos investimentos camarários, não se traduziram em crescimento sustentado e, pelo contrário, o concelho tem vindo a perder qualidade e procura.

A abastança dos euros camarários confiados pela população e forças económicas, não geraram melhor economia e não tiveram o retorno que se impunha.

Façam os vossos juízos!



FORUM ALBUFEIRA

1 comentário:

Anónimo disse...

Ainda não emitiram a vossa opinião sobre o projecto limpar portugal (Albufeira)