sábado, 12 de junho de 2010

O BOTA ACIMA E O BOTA ABAIXO



Citou a imprensa, a afonia discursiva de Mendes Bota, no repasto social-democrata de 36 anos de existência regional, que funcionou em sentido de despedida de mais uma etapa da já longa e multifacetada carreira política.

Assistente privilegiado do espectáculo da política nacional e jogador activo no xadrez regional, Mendes Bota, tem o dedo, a voz, a vontade e a cegueira apostas na realidade algarvia, de que se queixou no jantar.

Sem que reconheça um tropeção, Mendes Bota, necessitado de um elemento de afirmação forte, atirou para os convivas ter informações seguras que no panorama sombrio da região, o Hospital Central saiu dos propósitos do Governo PS, com o qual o seu partido está aconchavado.

A trama do PEC, para a amenização dos cancros malignos do capitalismo, traçada a dois, deu-lhe acesso ao privilégio do conhecimento temporal do desinvestimento. A sua reconhecida impetuosidade, vituperou os comparsas da política combinada, porque é preciso manter a face da farsa, adiantando o que lhe vai nos propósitos partidários e pessoais, de que Passos Coelho será o próximo primeiro-ministro.

Para rematar a concomitância de 36 anos do desastre da gestão da região algarvia, com tantos proveitos arrecadados pelas hordas e a qual só lhe mereceu curtas lamentações, ferrou os nervos de aço na pacotilha da regionalização, na qual continuará embrenhado dentro dos interesses globais do PSD, insinuando um ambiente político de novo desfavorável. Claro, primeiro está a subida ao poder, com encruzilhada na reeleição de Cavaco Silva.

O Algarve volta a poder esperar pela reorganização da pátria, dos seus mais nobres e destacados lídimos e dos interesses que representam.

O país volta a estar preso à vontade do vulcão centralista, de onde saem as poeiras do comando da obediência nacional, contando arrecadar o sumo espremido no cultivo concertado das assimetrias regionais.

O centralismo, o maior factor inibidor do desenvolvimento regional, com raízes profundas nas mentalidades e na legislação, esteve estes anos todos debaixo das conveniências dos caciques regionais, que sabiam estar a decidir entre o bem pessoal e o bem regional e os resultados estão visíveis.

O PSD regional tem as mãos metidas na ascensão desregrada e queda do Algarve e, dos seus repastos aniversariantes, nunca saem medidas de confrontação com a realidade que nos impõem. Os olhos estão invariavelmente postos no futuro, que pela análise do que está para trás, nunca se tratou do futuro colectivo.


FORUM ALBUFEIRA

1 comentário:

Anónimo disse...

este bota é um vigarista de alto cotorno come as papas na cabeça dos algarvios há 35 anos que chula o país e como o resto da classe politica são uns criminosos que puseram o país nesta miséria.