terça-feira, 22 de junho de 2010

A22: a traição perspectiva-se?


foto adf

Os desejos do Governo de portajar todas as SCUT, anunciados pela boca do Secretário de Estado das Obras Públicas, acobertados na promoção de ainda mais estudos inúteis para uma velha intenção, que estava devidamente negociada para ser aceite pelos parceiros regionais na condição da EN 125 ter sido remodelada, está a provocar o disparar desconcertado de vários dirigentes de vários sectores da política, do poder autárquico e das actividades económicas.

As reacções espontâneas conhecidas e protagonizadas pela fina flor política, que vão da falta de honra ao engano, apontam todas para uma afirmada traição ao que terão combinado em momentos de compadrio de gabinete.

A malfadada crise, que tirou o gozo e qualquer réstea de credibilidade ao regabofe político e financeiro do país, serve de motivação para a patifaria “de vivermos um momento invulgar” e ao cortejo de medidas que derrubam promessas, estudos, factores de coesão e razões estratégicas.

O Algarve, integrado na depressão geral, vê-se de novo atacado pela fobia terrorista do conjuro PS/PSD, que na ânsia cobarde de arrecadar receita, cerrando fileiras na preservação dos grandes interesses que representam e se riem da situação, aproveitando até para adiantarem soluções de provocação, de baixa de salários e aumento de proveitos, rasgam tudo o que disseram para trás, provocando ainda mais roturas nos tecidos regionais.

O quadro criado pela ameaça de taxação das SCUT e no caso da A22, não só denunciou o concubinato que precedeu o acordo para a requalificação da EN 125, de novo na gaveta, como está a dar expressão à grosseria política, contrariando o que haviam defendido no passado, de que as portagens são uma inevitabilidade após cumprida a obra.

Em 2004, defendeu-se o papel estratégico da Via do Infante, independentemente das intervenções na EN 125, e agora esses factores alteraram-se? Terão havido na altura quaisquer promessas de contrapartidas para as autarquias?

Com ou sem requalificação, a EN 125 não deixará de ser uma rua e uma artéria estrangulada pela brilhante visão autárquica da ocupação do território. A intervenção, que valorizará outros terrenos, voltará a aumentar a pressão, não se alterando os factores de estrangulamento e de risco.

Esta reivindicação estratégica nunca poderá sair do horizonte da vontade dos algarvios em qualquer movimento de luta contra as portagens.

Os mesmos tubarões que foram cúmplices por um lado e autores por outro, do estado do Algarve, responderam à inoportunidade do momento, deixando cair as trancas para a derrota final.

O que está anunciado criteriosa e concertadamente, é que todos estão de acordo com as portagens na simples condição dos remendos na rua da morte.


FORUM ALBUFEIRA

2 comentários:

Anónimo disse...

não ás portagens, o norte já fala de revolta e os algarvios vão ficar calados ???

carlos

Zé Broas disse...

Sr. Carlos e aonde é que estão os algarvios? só falam nos cafés e mais nada