segunda-feira, 5 de julho de 2010

A imprensa regional e a campanha em marcha…



Confirmado como amuleto nos órgãos distritais do partido, transitando da anterior direcção, Desidério Silva, terá já recebido garantias dos padrinhos que irá integrar as próximas listas às legislativas, facto que lhe permite entregar o caminho da presidência da Câmara ao seu sucessor.

Em bicos de pés de contentamento pela perseverança no objectivo, o ilustre presidente, monta ao pormenor o seu gabinete sombra de preparação da imagem pública, que terá de sair dos limites do concelho e circular entre os incautos algarvios dos quatro cantos da província.

Foi neste sentido, que se auto-sensibilizou e contagiando os parceiros de executivo, sacou da luminosa ideia de homenagear a imprensa local com o olho na regional, montando, para o efeito, um evento de agradecimentos e reconhecimentos, realizado nos Paços do Concelho, passando a ideia clara de que não tem queixas e que conta eles no futuro.

Tão ao seu jeito de homem dos terrenos, na sua peculiar argumentação, disse com profundidade: “que as pessoas ligam mais à imprensa nacional do que há regional”. E porque será?

Habituado a figurar em quase todas as páginas dos dois jornais locais, que o têm agraciado ao longo dos anos com relatos acríticos das suas façanhas, devidamente retribuídos com os anúncios a que uma Câmara se vê obrigada por lei, talvez a principal base de sustentação desta imprensa nestes dias difíceis de crise, Desidério Silva, deu mais este passo de chamar a atenção para os profissionais da informação local, como forma de notícia regional.

A propaganda, tal como a publicidade comercial, são a base de venda de produtos e ideias e fazem milagres de darem nome e proveitos a quem os lança.

Mesmo um produto político carece destes cuidados de tratamento, onde as ideias, as propostas e os prazos de concretização não são relevantes e são substituídas pelas referências ao trabalho genérico do produto em questão e acompanhadas de umas fotografias ao lado de gente saudável e de preferência de patente mais elevada, entre outras habilidades.

Daí que a ideia brilhante e exclusiva, porque mais ninguém a teve, de montar esta gentileza em sessão pública, servindo-se da imagem dos jornais e dos seus profissionais, poderá render ganhos em abertura de portas.

Curiosamente, nas ruas de Albufeira ninguém sabe do acontecimento… mas que resultou não há dúvidas.

E será que Desidério Silva é assinante pessoal dos jornais de Albufeira?


FORUM ALBUFEIRA

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