sábado, 13 de novembro de 2010

À atenção de Albufeira...

A falência escondida e as soluções envenenadas


O gato, há muito que estava escondido com o rabo de fora. O deficit foi aumentando e passado de mão em mão. Poder e oposição, PS e PSD, estiveram sempre de acordo que a solução chegaria… a tempo de o monstro não os engolir.

A estupefacção de alguns quadrantes dos cidadãos perante a evidência que se arrastava há quase 3 anos, só tem explicação na composição pequeno e médio burguesa do tecido social da cidade e do concelho, dependente e aconchegada na sua maioria na capacidade do Estado que agora falha e lhes levanta preocupações.

Na hora de enfrentar o paredão do beco construído, instalou-se a confusão da troca de acusações, numa manobra de diversão da opinião pública, usada sucessivamente nos actos eleitorais para legitimar as políticas delapidadoras das capacidades correntes da autarquia e hipoteca das futuras.

Um ilustre opositor, o sr. Sengo da Costa, que teve a mão na massa política em tempo de engorda da dívida, brinda-nos com um tratado de verborreia, onde a intenção clara é a desculpabilização geral da incompetência e do abuso, rasando o insulto aos cidadãos que, diz ele, pressionam os pobres dos políticos a fazerem nascer novos equipamentos que cedem por razões… de reeleição. Uma originalidade… para terminar dizendo que o Mercado, o Teatro, o Parque das Cidades são obra feita em conta política, mesmo que em dívida e sem dinheiro para a sua gestão…

Um tal Marques, que transitou do executivo Apolinário para vereador sem pelouro e substituiu o sr. Sengo na concelhia do PS, andou com o problema ao colo, assinou os actos da ultrapassagem do endividamento, recebeu e ignorou a notificação central com data de 2008, nada moveu o seu partido a engendrar uma solução e aparece com uma mão cheia de alternativas em rota de colisão com o executivo, que traz à luz do dia a questão do Plano de Reequilíbrio mais de um ano depois da sua eleição.

José Apolinário, ex-presidente e vereador que não quis passar ao lado do assunto, tem agora um painel de soluções que ninguém percebe as razões de não as ter aplicado em tempo mais útil. Pois, estava em causa a reeleição… e o pacto de silêncio sobre a profundidade dos números que nos afundam.

Apolinário diz que o problema é conjuntural, Sengo da Costa escreve que é estrutural e com Marques, todos privilegiam a ideia de saída pelo saneamento financeiro, a constituição de um fundo imobiliário e a venda dos poucos anéis patrimoniais da autarquia.

Macário Correia, manietado pela falta de votos, sem recursos para o mandato, cumprindo exclusivamente os interesses tácticos e estratégicos do seu partido e no desrespeito pelos cidadãos que jurou defender, cozeu a sua solução em lume brando e coloca a assembleia municipal entre a espada e a parede, podendo abrir uma crise política, caso não consiga os votos para a fazer passar.

Mas Marques já veio avisar que não quer Macário o resto do mandato a queixar-se… entreabrindo a porta da passagem do Plano…

Os partidos do lado esquerdo da direita assistem e só vêem falhas no Plano… o resto foi um passeio sem veemência na condenação e desmontagem política…

Aos cidadãos farenses que serviram de tranpolim aos ofícios políticos, se não ousarem reagir, resta-lhes pagar.

Luis Alexandre


O trazer a lume o estado deplorável a que PS e PSD levaram as finanças da autarquia de Faro, depois da mesma declaração em Portimão, que recorreu a artimanhas de hipoteca imobiliária do património que resta da autarquia e corre sérios riscos de se perder, perante a gestão dos que atrás falharam, tem um particular interesse para reflectirmos sobre a maneira miserável como são geridas as autarquias.

Este texto sobe de valor analíctico, quando em surdina correm rumores do município despesista de Albufeira, enfrentar quebras de tesouraria e falhas de pagamentos.

O FORUM ALBUFEIRA que não recorre ao uso de afirmações gratuítas sobre fumo, está a fazer as suas averiguações sobre se há fogo e qual a sua dimensão.


FORUM ALBUFEIRA

1 comentário:

Anónimo disse...

eu ouvi já umas bocas da falta de dinheiro e até que um funcionário foi chamado á tabela por levar o assunto pra rua.

carlos