segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quando é que o David volta ou a salvação do PS tem outros nomes?


O David, definitivamente não volta. O messias arranjado por Miguel Freitas, que custou muitos milhares de euros para a entrada em grande, à grande partido burguês que finge não perceber a realidade que criou, meteu o rabo entre as pernas e refugiou-se no aparelho de Estado controlado ainda pelo PS.

Da escola da dita juventude socialista, com reminiscências familiares na terra e a ambição de poder ainda por polir, era o candidato considerado ideal para juntar as pontas divididas de interesses, fragmentadas pelas duras derrotas acumuladas.

Não sendo desconhecedor da realidade podre que lhe entregaram de bandeja, porque na política não há ingenuidades, entregou-se à missão de limpar a vergonhosa imagem do partido entre a população de Albufeira, numa tarefa que se mostrou infrutífera e escandalosamente derrotada.

Anunciado como salvador, logo completamente desligado das populações e imposto de cima, só agora começará a perceber o vespeiro para onde o enviaram.

Miguel Freitas, o ideólogo e obreiro desta estratégia, nunca deu a cara pela pesada derrota do jovem discípulo do socratismo e ter-lhe-á lavado as feridas com a oferta de trabalho, que determinou o seu lento e pouco sentido afastamento do paraíso que lhe ofereceram.

Apareceu para umas inaugurações para sacudir o mofo do gabinete onde o fecharam, tal como entregou a pasta nas sessões autárquicas a outro representante da linha de sucessão, que encarna muito bem a desorientação ideológica e organizativa do dito partido socialista em Albufeira, seguindo o guião do executivo PSD através da neutralidade obscura do abstencionismo.

O PS voltou às mãos de Fernando Anastácio e Domingos Pires, duas figuras do desprezo popular, com largas responsabilidades no passado negro deste partido. Como bons manobradores e porque a proximidade com o poder lhes faz falta para os interesses pessoais, resguardaram-se nas costas do derrotado e impotente Fernando Gregório e a clara intenção de ter mão no partido e esperar pelos novos desenvolvimentos políticos de fim de prazo do desiderismo.

O PS de Albufeira, pelos seus próprios meios, contribuiu decisiva e proporcionalmente para a derrota lenta do socratismo e o completo desmascaramento deste partido pelas suas políticas oportunistas de subserviência e favorecimento do grande capital.

Todos os factores sociais negativos acumulados para o sofrimento das populações, com largos reflexos em Albufeira e pelos sentimentos de culpa em causa própria, não são alvo de quaisquer preocupações por parte da direcção local do PS e do seu vereador, que vivem em espera e sobressalto pelas respostas da conjuntura.

FORUM ALBUFEIRA

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