segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ainda o fim de ano faz de conta

Como não poderia deixar de ser, Desidério Silva brindou-nos a sua nota no “CM” de sábado, com nova carga de visão do executivo sobre o fim de ano.

Não repetindo as atoardas das 100 mil pessoas e dos 10 milhões de retorno, alardeadas sem qualquer rigor de análise, preferiu encolher-se nos favores da amplitude das audiências do canal televisivo, que entende serem “de muitos milhões pelo mundo” do sofá e do rescaldo e cujas influências ainda não estão esgotadas.

Nunca pusemos em causa o papel e a extensão de valor da caixinha mágica como elemento de publicidade, o que não invalida as críticas dirigidas à pobreza do programa de fim de ano em si, incapaz de mobilizar a população portuguesa e ser cartaz no estrangeiro para uma boa afluência e compensação financeira da cidade e do concelho.

As críticas acabaram por ser admitidas no escuro da sala de reuniões do executivo, que tiveram de sair à pressa a contratar a cantora Mariza para uma passagem fugaz pelo palco e o grupo rock “Expensive Soul”, provado pela sua ausência do folheto oficial distribuído.

A dupla que dirige o concelho, Desidério Silva/Carlos Silva e Sousa, que percorrem o nono ano de comandos do concelho, como precisam de ensaiar a sucessão na presidência para as mãos de Carlos Silva e Sousa e os dinheiros têm de ser “guardados” para apresentação de obra em cima dos dois últimos anos, adoptaram esta política de poupança em nome da crise, prejudicando frontalmente os interesses colectivos da actividade económica.

A agenda do concelho foi preterida pela agenda do PSD, situação que não é inédita na governação desta dupla inseparável.

Não é por acaso e face ao fiasco económico do fim de ano, porque não são só alguns bares e algum alojamento que contam, que a nota do presidente da edilidade decidiu terminar com mais outra tirada de chama: “que os comerciantes apoiaram o programa”.

Deve referir-se a mais um passo da cobrança (leia-se coberturas acordadas) dos 74 mil euros entregues à ACRAL, tal como o aumento da factura de despesa para 10 euros a troco de duas horas de parque gratuito, dinheiros que não foram usados no concelho e servem para financiar as despesas correntes centrais desta associação colaboracionista do poder, em detrimento dos comerciantes.

E não nos esqueçamos que entre as principais cidades da região, Albufeira foi a única que não teve quaisquer iniciativas de Natal viradas para a atracção da população à baixa desertificada pelas suas más políticas.

Os executivos PSD têm sido os piores para a actividade comercial e de restauração, tendo matado lentamente com promessas não cumpridas, a baixa e a zona da Oura/Areias de S. João.

Para este ano, exigem-se iniciativas de Natal e um cartaz de fim de ano ao nível das exigências de Albufeira!

FORUM ALBUFEIRA

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