segunda-feira, 11 de abril de 2011

Boaventuranças...


«Este PEC IV podia ser o tal sinal de que a linha vermelha estava traçada à porta de Portugal: “vocês aqui não entram”. Se não houvesse crise política, nós provavelmente tínhamos ganho tempo. Portugal precisava só de tempo até se negociar mais força da comunidade europeia para se defender dos ataques especulativos do euro».

Este excerto bastante elucidativo... que bem podia ser de Sócrates ou de Teixeira dos Santos, mas não é… vem de um sociólogo de nome Boaventura Sousa Santos, um dos tais que assinaram o tal documento dos 47, que apelam ao governo de “salvação nacional”, governo esse, que serviria para obrigar o povo trabalhador português a pagar a dívida especulativa financeira do capital, que ele não contraiu, à custa de um prolongado e insuportável cortejo de miséria, de fome e desemprego.

Este intelectual que se diz de esquerda (e próximo do BE…), defende explicitamente que o PEC 4 deveria ter sido aprovado, assim o “País poderia ter ganho tempo para negociar outras soluções ao nível do financiamento.” Em suma este senhor defende que o povo português deve-se sujeitar a uma alternativa que passa exclusivamente pela total submissão aos ditames das grandes potências capitalistas europeias, lideradas pela Alemanha.

Mais descaramento não é possível…estamos conversados, com estes ditos senhores os trabalhadores não podem contar para resolver os seus problemas. Os campos estão traçados e aí sim, a linha vermelha está traçada entre os que defendem a continuada submissão aos ditames do capital, e os que defendem uma política de defesa da independência nacional, que tenha por base uma economia ao serviço dos trabalhadores.

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