sábado, 16 de abril de 2011

Na má política não se mexe

Sempre em surdina, todos os níveis dirigistas dos vários partidos da ordem, procederam ao ordenamento das listas eleitorais e poucas são as surpresas. De uma maneira geral, as inutilidades vão continuar.

O CDS e BE reconduzem. O PSD promoveu Mendes Bota e o PS poderá seguir-lhe os passos na estratégia de pagamento de serviços. Face ao volume de críticas sobre a usurpação do espaço de vozes do Algarve, com os resultados conhecidos, os grandes partidos mandantes reconsideram, preservando o essencial.

Os eleitos para a legislatura despachada, sobre a ordem das sedes, não deixaram qualquer saudade. Os que lhes seguiram em escala, desclassificados e desautorizados por vontade própria em obediência às quotas das direcções, fizeram parte das más políticas nacionais e as formas como se projectaram na região.

O que se prepara para oferecer ao Algarve, não varia em nada a estratégia anterior de colocar os indefectíveis, seguindo as mesmas regras da obediência aos regulamentos internos dos partidos que sempre se sobrepuseram aos interesses colectivos das populações. Os partidos mandam e eles obedecem, usando os votos para este desiderato.

Os principais partidos, O PS e o PSD, vão até mais longe, privilegiando a escola de “filho de peixe sabe nadar”, preferindo os rebentos políticos dos cumpridores da velha ordem. As próximas listas trazem mais uma fornada, sempre em defesa da “democracia”, de bons resultados no país e na região, na Coreia do Norte, no Médio Oriente e norte de África…

Esta incapacidade dos partidos em mudarem as vozes, recoloca a questão da sua suposta superioridade e desprezo pela aspiração popular a novas políticas. Nada de novo se augura para os problemas do Algarve no contexto da crise que criaram. Fomos maltratados no passado, com um retorno desproporcionado para a riqueza produzida e assim querem que continue. Os dados lançados apontam-no. Consideremos o preço bem pesado que estamos pagando, que alguns dirigentes que sempre viveram da teta do Estado, atribuem à solidariedade nacional…

Os cidadãos algarvios devem passar em revista os feitos de cada um destes futuros candidatos para determinarem o sentido do voto. Tendo-se servido da economia e finanças da região e do país para o progresso pessoal e dos respectivos partidos, vão repetir as velhas promessas e falar das virtudes e da capacidade de sacrifício do nosso povo para levantarmos o que afundaram.

Luis Alexandre

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