sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Algarve está entre o João e o Bota?


Soares e Bota debateram-se sobre o solo algarvio. O critério jornalístico ditou mais um lugar-comum a dois, não sabemos se por restrição dos critérios democráticos que se tivessem sido aplicados a cinco não deformariam o processo da farsa burguesa. Há sempre alguém disposto à elevação… do segregacionismo.

O Algarve como o país, estão doentes. Gravemente doentes. Fala quem sempre falou e as outras correntes são párias. As distorções democráticas fazem-se na região e no país. As poderosas televisões com muitos apoios e financiamentos, contornam a lei da expressão eleitoral e as consequências são menores comparadas com o afrontamento das ideias instaladas. Afinal de que têm medo? Os grandes partidos que se prova pelo estado do país não serem grande coisa, levaram a hipocrisia ao limite do alívio do confronto.

Se os grandes nacionais que ocuparam Governos e parlamentos não cedem, o Algarve, apesar do falhanço das políticas aqui aplicadas, fundamentalmente por PS e PSD, manteve-se fiel a este registo editorial. É a continuação da condenação. Consciente!

Ao que podemos trespassar sobre o debate dos homens da luta, a sensaboria não foi além de acusações sobre quem fez mais mal à região, nunca estando em causa o mal. Do bem, falou-se da barragem de Odelouca e da providência da criação das “Águas do Algarve”, fonte de mais cargos políticos e gestão de recursos com aumentos atirados democraticamente para as costas das despesas familiares.

Sobre o estado da Saúde, com mais de metade da população sem médico de família e os privados a instalarem-se com base no pessoal do público, sobram só omissões. O futuro da saúde está em preparação e os edis rivalizam em captação de investimentos.

Sobre o desemprego e a desagregação do tecido social, assumem a fatalidade, quando ainda não saímos da igreja das medidas gravosas sobre a economia…

Sobre segurança o silêncio, com os factos a gritarem mais problemas sobre a principal actividade de subsistência da região…

A cereja do debate a dois veio das portagens, com Soares porta-voz dos algarvios (que é o melhor que nos arranjaram) a esconder-se na “exigência” do PSD em cobrar e o marabilista do Mendes Bota a inovar eleitoralmente um terço do pagamento, provavelmente sem o apoio central do partido e numa aritmética tão casuística como oportunista na história pessoal sobre o tema…

Sobre o Turismo, as reformas que o velho modelo reclama e uma estratégia de recursos alternativos da actividade económica, os algarvios não ouviram uma ideia. Aliás, o debate não foi de ideias novas mas sobre velhas ideias…

Os dois contendores e respectivos partidos, principais responsáveis pelo estado do país e da região, apenas lutam pelo abrigo dos cargos do poder, com a lógica da fome ganhar sobre a barriga a rebentar…

Venha o diabo e escolha… que o dia 6 de Junho é apenas o primeiro dia da luta entre aceitar mais exploração para pagar uma dívida que não contraímos ou, decidirmo-nos a lutar para mudar o país ao serviço de uma democracia de valores para a imensa maioria da população.

Luis Alexandre

1 comentário:

Anónimo disse...

entre bota e soares a mesma aldrabice, a mesma corrupçao e se alguém é mais ladrão ainda será o BOTA algarvio porque o soares que caiu do avião com o peso do ouro que tentou roubar em Angola, ia-lhe custando a vida, mas infelizmente safou-se e tem ainda muito tempo para roubar os algarvios

GEREMIAS PINTASILGO