terça-feira, 11 de outubro de 2011

Na sequência do que temos vindo a denunciar...

Bem elucidativa esta denúncia retirada do blogue "Olhão Livre"...



NEGOCIOS POUCO CLAROS

A historia real, é curta, mas ilustrativa da forma como os dinheiros públicos são mal tratados.
Nuno Aires é vice presidente da ERTA e tem a tutela da atribuição de subsídios para a promoção do Programa Allgarve 2011. Era também sócio, em partes iguais, do jornal online Observatorio do Algarve.
Decidiu, Nuno Aires, atribuir à ACRAL um subsidio de 40.000 euros para a promoção do programinha em causa, só que, entretanto a empresa proprietaria do Observatorio do Algarve, vendeu a edição online àquela associação por um valor igual ao subsidio atribuído.
Dizem as más línguas, que o subsidio atribuído serviu para a compra do projecto editorial, até porque a Canalalgarve (empresa da ACRAL) tem problemas financeiros e assim resolvia o problema.
A questão é saber até que ponto um titular de cargo publico poderá atribuir um subsidio para um negocio em que é parte interessada.
Com negócios deste tipo, os titulares de cargos políticos e públicos, arrastaram o País para a situação de bancarrota em que vivemos, e querem agora fazer passar a mensagem que a presente crise se deve não à forma como foram desbaratados os dinheiros públicos, de todos nós, mas sim ao consumismo das pessoas, por se viver acima das possibilidades.
O Estado, esse sim viveu, vive e continuará a viver acima das suas possibilidades, nem que para isso tenha de matar à fome o seu Povo. Não se descortina na atitude dos novos/velhos governantes uma mudança de politicas no que aos seus principais "clientes" diz respeito, cortando cegamente na componente social, mas não mexendo nos ordenados de topo, dos administradores e gestores públicos e privados, impondo um tecto aos salários, não impondo um tecto às reformas mas permitindo que os titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos se possam reformar antes de atingirem a idade e apenas pelo exercício da sua função, causando discriminação, ou permitindo o pluri-emprego, quando se sabe que apenas 50 administradores dirigem 1000 empresas, o que poderia ser um meio de absorver muitos licenciados sem trabalho ou ainda o exercito de ex e actuais deputados que detêm escritórios de advogados ou consultoria cumulativamente.
É neste pântano que Nuno Aires parece navegar com uma conduta pouco clara.
É por essas e outras que apelamos à participação maciça das pessoas na Manifestação dos Indignados, dia 15, próximo sábado. O Povo tem de sair à rua e manifestar o seu descontentamento com as opções tomadas e a tomar, sob pena de permitir que os nossos governantes lhe vazem o frigorífico, lhes tirem a saúde, a protecção na doença, desemprego ou velhice, que lhes tirem a escola para os seus filhos. O rumo iniciado não é mau, é péssimo e cabe a todos nós lutarmos contra o que nos preparam.

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