quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mais uma barraca laranja?


Afinal o que é a APAL?




A polémica em torno da organização do Fim-do-Ano em Albufeira e as declarações  do presidente da edilidade por ocasião da sua apresentação, levantam uma frente de transparência sobre a natureza desta empresa e quem é quem dentro dela.

Na consulta dos seus órgãos sociais, constatamos um presidente de Câmara em CEO, rodeado de apaniguados do PSD, todos homens da sua confiança. Nas atribuições desta Agência e nas relações institucionais, não é escondido o destaque institucional do Município de Albufeira, que terá as suas razões em subsídios públicos, havendo uma linha ténue na sua verdadeira definição jurídica.

Em várias afirmações públicas, Desidério Silva disse que a autarquia albufeirense não tem qualquer empresa municipal. Mas se a participação da autarquia no capital e no financiamento forem maioritários (não conseguimos chegar a nenhum relatório e contas que nos elucide) e como o presidente camarário é o CEO e não um empresário, estranhamos a transparência desta relação.

Na conferência de imprensa de apresentação do Fim-do-Ano, onde ficou explícita a incapacidade financeira do Município, Desidério Silva afirmou que foram os empresários que assumiram o investimento confiando a gestão do evento à APAL.

Mas, na prática, foram a ACRAL e a ARESHP que fizeram de facto os papéis de muletas da demissão do executivo camarário, pela alegada pobreza de cofres.

Sendo a APAL dirigida pelo presidente da Câmara e se levou para a direcção um grupo de confidentes, significa que vamos ter Desidério Silva no comando e no discurso de palco… como habitualmente, sobre o dinheiro dos empresários a quem se preparava para deixar descalços…

Vivendo também dos subsídios camarários (só não sabemos avalizar a sua profundidade), esta empresa, que utilizou neste caso os empresários como último recurso, diz-se de natureza privada, mista ou assume a hegemonia pública?

Em conclusão, esta indefinição sobre a APAL, que não deveria ser motivo de qualquer confusão, fica debaixo de fortes dúvidas pelo facto de o seu orçamento depender do orçamento camarário e, naturalmente, das decisões do executivo.

E a sua fiscalização quem faz? Se o executivo tem o lugar de presidente e um compromisso financeiro, não existem poderes dos órgãos autárquicos sobre a sua actividade e contas?

Que a maioria absoluta do PSD, silenciosa, não se atreva sequer a pensar, é velho, mas, o que dizer da suposta"oposição"?

Será que vamos ser esclarecidos? Ou vai ficar mais esta nebulosidade na gestão concelhia?


FORUM ALBUFEIRA

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