sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Bélgica: Greve Geral paralisou o país


Os trabalhadores belgas massivamente aderiram a um greve geral nacional, ontem realizada, em resposta às medidas de austeridade propostas pelo novo governo belga, liderado por Elio di Rupo.

Os serviços de transportes paralisaram totalmente, com a imprensa, escolas, hospitais públicos, penitenciárias e cadeias de televisão a aderirem com percentagens altas, muitas delas a chegarem aos 100%.

O exemplo disto, é os transportes ferroviários que estiveram parados em todo o país, incluindo os serviços internacionais de TGV Thalys e Eurostar. Os restantes transportes públicos estiveram praticamente parados, sendo que, em Bruxelas, não circularam autocarros, eléctricos e o metropolitano.

 
Os trabalhadores belgas contestam em particular a proposta de novo regime de pensões, que propõe o adiamento da idade de reforma em 2 anos, dos 60 para os 62, votação essa que estava prevista ontem ser realizada. Outras “reformas” consideradas “inalienáveis”, lá como cá, o Governo que recentemente tomou posse, depois de um ano e meio sem governo, hiato esse que permitiu que estas medidas não fossem impostas, tenta a todo custo cumprir as metas de austeridade, para tentar colmatar o divida enorme, claro sempre à custa do trabalho.

Os governos belgas gastaram pelo menos 12,2 mil milhões de euros de dinheiros públicos no resgate de bancos privados desde o início da crise em 2008 (o Fortis recebeu 4,7 mil milhões de euros em 2008, o KBK 3,5 mil milhões em 2009 e o Dexia 4 mil milhões em 2011). Durante o ano e meio, o PIB país cresceu em média 0,48%. Com a entrada em funcionamento deste Governo, a austeridade sobre austeridade é o lema que os trabalhadores não estão dispostos a aceitaram, como esta greve geral demonstra.

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