terça-feira, 27 de dezembro de 2011


Os longos meses às moscas

 

Pela primeira vez na sua já longa presidência do executivo camarário, Desidério Silva reconheceu a desgraça a que conduziu o concelho “Capital do Turismo”, dizendo a bons pulmões por ocasião da apresentação do programa de recurso do Fim-de-Ano, que não pode obrigar os empresários da cidade a manterem os seus estabelecimentos abertos.

Este é um facto que vem de anos atrás, particularmente depois do famigerado Programa Polis/Câmara, que derreteu em obras de fachada mais de 75 milhões de euros e fechou ainda mais caminhos para a baixa e a linha de costa, destruindo lugares de estacionamento, funcionalidades e comodidades que afastaram em definitivo milhares de pessoas  e dezenas de empresas estruturantes.

Desidério Silva e o PSD autoritário, limitam-se a lamentos mas não têm capacidade para admitir a gravidade dos erros cometidos e muito menos equacionar soluções.

Quando é o próprio PSD que lidera a intenção da revisão da lei para a criação de executivos autárquicos monoculores, o município de Albufeira é um exemplo flagrante, pela negativa, da falta de democracia desta medida se chegar a ser aprovada.

Três maiorias absolutas e com uma “oposição” aliada do P”S”, a dupla Desidério Silva e Carlos Silva e Sousa são o exemplo acabado do que se pode considerar uma gestão danosa do município que não aproveitou os largos meios financeiros disponíveis como meio de desenvolvimento sustentado do concelho.

Particularmente os últimos seis anos têm sido dramáticos para as forças económicas do concelho, por um lado perdendo receitas de verão e vendo aumentar a sazonalidade e, por outro, perdendo para a concorrência o interesse de permanência de muitos milhares de visitantes e inverno que se instalavam por vários meses, aproveitando o clima sublime e a segurança que lhes era proporcionada.

Por tudo o que voltamos a denunciar, não podemos aceitar a choraminguice do imobilismo do senhor presidente da Câmara.


FORUM ALBUFEIRA

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