sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Trabalhadores dos transportes em luta: Metro de Lisboa e a Carris greve de 24 horas, no dia 2 de Fevereiro.

 

 
De um trabalhador da linha sindical Luta-Unidade-Vitória recebemos a informação de que os sindicatos representativos dos trabalhadores do Metro de Lisboa (ML) que reuniram-se esta manhã, em Lisboa, para decidir as formas de paralisação., no dia 2 de Fevereiro, decidiram paralisar durante todo o dia.

Os trabalhadores das empresas de transportes do Sector Empresarial do Estado (SEE) agendaram para 2 de Fevereiro um dia de luta com greves.
Também os trabalhadores da Carris decidiram parar durante todo o dia 2 de Fevereiro. Pelo seu lado os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa, empresas que asseguram a travessia do rio Tejo, em Lisboa, vão participar no dia de luta com uma greve de três horas por turno.
Falta ainda conhecer a forma de protesto dos trabalhadores das empresas ferroviárias, como a CP - Comboios de Portugal e a REFER - Rede Ferroviária Nacional.
Os sindicatos contestam o conjunto de medidas anunciadas pelo Governo para o sector dos transportes, que afirmam que vão "agravar os custos para os utentes e reduzir os salários dos trabalhadores", salientam que o Plano Estratégico de Transportes (PET), elaborado pelo Governo, que prevê o fim dos actuais Acordos de Empresas, a redução dos salários, a privatização e o consequente despedimento de milhares de trabalhadores, assim como a redução dos serviços públicos prestados às populações.

Este trabalhador sindicalizado, destaca que a par do roubo aos utentes, o governo tem vindo a roubar os trabalhadores do sector. Apesar dos aumentos dos transportes superiores à inflação, os salários têm crescido abaixo dessa mesma inflação e desde 2010 estão congelados ou a serem reduzidos,

Reduzir as remunerações do trabalho entre 30 a 40% é outro objectivo do governo que assim pretende aumentar as receitas das empresas à custa de utentes e trabalhadores, sem resolver o problema de fundo das empresas públicas, onde, de um modo geral, os administradores falam de melhoria dos resultados operacionais, mas onde os prejuízos crescem por causa do aumento dos juros.

Esta luta demonstra bem que os trabalhadores dos transportes e utentes são vítimas das mesmas politicas que visam fazer recair sobre eles os custos das erradas opções ao longo dos anos e os custos com as privatizações que se anunciam.

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